Estudantes criam canal bilíngue de informação e interação sobre questões LGBT

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Site já está em funcionamento e, alguns vídeos, acumulam mais de mil visualizações Foto: Pluralize / Reprodução

Com o objetivo de contribuir com os debates sobre temas que envolvem lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros (LGBT) e outras pluralidades nas comunidades surdas e ouvintes, surgiu oPluralize, um site concebido em uma sala de aula do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), a partir de uma disciplina que propôs aos estudantes do curso superior de Tecnologia em Produção Multimídia do Câmpus Palhoça Bilíngue o desenvolvimento de um projeto integrador e bilíngue (Libras/Português).

O site aborda assuntos que envolvem comportamento, ativismo, inclusão, cultura, humor, moda, beleza, música, cinema, empoderamento e direitos humanos sem rótulos, sem definições e com conteúdo acessível em Português e Língua Brasileira de Sinais, o que democratiza o acesso às informações disponibilizadas por meio do endereço www.pluralize.com.br e nas redes sociais Facebook, Instagram e YouTube.

Os trabalhos iniciaram com o lançamento da página no Facebook, em 17 de maio de 2016, data que marca o Dia Mundial de Combate à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia. A produção fica ao encargo de seis alunos do curso: Gabby Olivier, Jennifer Candido, Cristiano Felipe, Osmar Hoepers, Juliana Kruger e Lincohn Rosa, com o apoio da tradutora e intérprete de Libras do IFSC, Prisicila Paris.

Os vídeos disponibilizados no canal até o momento, alguns com mais de mil visualizações, incluem uma apresentação do projeto, esclarecimentos a respeito da transexualidade e entrevistas com personalidades como a drag, cantora e ativista do movimento LGBT, Pabllo Vittar, a aluna surda e transgênero Victória Carioni e o primeiro homem trans operado no Brasil, João W. Nery.

Os conteúdos ainda pouco explorados, as dificuldades de incluir o público surdo em algumas discussões e as ferramentas disponíveis no âmbito da produção multimídia parecem ter sido situações motivadoras para execução do projeto.

— Faço parte da comunidade LGBT e sinto muita falta de conteúdos da própria comunidade. Por isso, criar conteúdos acessíveis a todas as pessoas, é algo que gera muita satisfação pessoal — diz Cristiano.

Ressignificamos a comunicação para produzir conteúdo que empodere, informe e inclua a comunidade surda — completa Jennifer.

Para mais informações, acesse:
Site: www.pluralize.com.br
Facebook: www.facebook.com/pluralizesite
Instagram: instagram.com/pluralizesite
YouTube: CanalPluralize

Fonte: Diário Catarinense