Segura esse coração

 

Um menino introvertido corre o risco de ser dedurado por seu próprio coração, depois que ele sai do seu peito para perseguir o menino de seus sonhos. O menino é Sherwin, um garoto entre 13-14 anos  que se descobre interessado em Johnathan. Mas não tem coragem de assumir a paixão. Seu coração, desobediente, resolve, então, pular do seu peito. A história desse coração fujão e cheio de coragem é o pano de fundo do curta-metragem de 4 minutos, In a Heartbeat.

O filme que fala do primeiro amor entre dois meninos será lançado em junho, gratuitamente, no YouTube e Vimeo. De acordo com seus criadores/diretores, os estudantes de animação na Ringling College de Arte e Design, Beth David e Esteban Bravo, o filme foi feito em homenagem ao Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia. O trailer do filme (acima), que por enquanto só foi visto em festivais de cinema, viralizou logo após ser postado nas redes sociais. O curta foi feito graças a financiamento coletivo lançado no Kickstarter. E conseguiu arrecadar 4 vezes o valor da meta inicial.

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Em uma entrevista à Teen Vogue, Esteban explicou que a ideia de contar essa história de amor surgiu pela falta de uma animação em que o personagem principal seja gay. Segundo ele, todo o enredo foi trabalhado com leveza e doçura, em uma pantomima sem diálogos.

Dificuldades em assumir

Jovens entre 18 e 34 anos são duas vezes mais propensos a se identificarem como parte da comunidade LGBT, se comparados aos da geração anterior, de acordo com os resultados de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos. O terceiro relatório Accelerating Acceptance, montado anualmente pela GLAAD e criado em parceria com a Harris Poll, entrevistou 2.037 adultos dos Estados Unidos (com 18 anos de idade ou mais) em novembro de 2016. A pesquisa descobriu que 20% dos jovens da chamada “geração do milênio” se identificam abertamente como LGBT, enquanto que apenas 7% da geração do “Baby Boom” (entre 52 e 71 anos de idade) assumem abertamente esse rótulo.

No Brasil, um estudo feito pela consultoria de engajamento Santo Caos analisou o comportamento de uma parcela de jovens do universo LGBT com 116 pessoas, entre 18 e 25 anos, e o resultado apresentou que 63% desses jovens relatam sentir rejeição total, ou parcial, dos familiares após assumirem a orientação sexual; o estudo apontou também que apenas 59% revelam a orientação sexual para os familiares, enquanto que os outros 41% dizem assumir para algumas pessoas, ou preferem esconder totalmente.

Fonte: Comunica que muda